sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Seu set no Ultra Music Festival, em Miami!!!

No post anterior nós explicamos a grandiosidade do Ultra Music Festival e anunciamos o line-up da edição de 2012, que acontece nos dias 23, 24 e 25 de Março.

Agora, nós queremos convidar VOCÊ para apresentar seu set no maior festival de música do mundo!



ULTRA MUSIC FESTIVAL, AERIAL7 & MIXCLOUD

Esta é uma cortesia dos maiores especialistas em headphones: AERIAL7! O vencedor ganhará a oportunidade de apresentar um set de 60 minutos no festival ,U$1000,00 (mil dólares) e um free-pass para os três dias de Ultra Music Festival (23 a 25/Março/2012). Como se não fosse o bastante, o DJ vencedor também irá ganhar um par de fones AERIAL7, da série A-list (equivalente a R$3200,00), um kit com produtos oficiais do Ultra Music Festival e seu set ainda será transmitido na Rádio UMF!

Então o que você está esperando? Faça o upload do seu set ... nos vemos em Miami!!

COMO PARTICIPAR

O line-up na UMF é eclético. Cobre tudo, desde house, techno, dubstep ao hip hop. Seu mix deve refletir o estilo de música que você prefere, mas deve ser direcionado para um grande público.

1 - Faça upload de um set com no máximo 30 minutos no Mixcloud 
2 - Coloque o título: ‘Ultra Music Festival & Aerial7 DJ Competition’ 
3 - Não esqueça de taggear ‘Ultra Music Festival & Aerial7 DJ
Competition’ no seu set. Sem a tag seu set estará perdido.
4 - Inclua a capa da competição, encontrada aqui


JURI

Os participantes serão julgados em fatores que incluem (mas não estão limitados a) número de plays, feedback positivo, a seleção de música, originalidade e capacidade técnica; Os sets devem ganhar mais de 100 execuções para serem considerados. Estamos à procura de DJs que mostrem empenho e que são capazes de usar as ferramentas disponíveis no Mixcloud e em toda a web para se promover de forma eficaz A decisão final será feita por júris do Ultra Music Festival, AERIAL7 e Mixcloud.

TERMOS E CONDIÇÕES

Nós não vamos tolerar um comportamento de ‘spam’ na plataforma Mixcloud. Não publique dezenas de comentários pedindo às pessoas para ouvir seu set se você nunca se preocupou em se envolver com eles ou seus ouvintes. NÃO adicione aos ‘favoritos’ mixagens que você não escutou, apenas para obter atenção.
O prêmio é intransferível e não há nenhuma alternativa em dinheiro. O vencedor pode ser obrigado a tocar em eventos antes ou depois do festival para fins promocionais. A decisão final cabe ao Ultra Music Festival, AERIAL7 e Mixcloud e haverá apenas um vencedor. A AERIAL7 pagará o premio de U$1000,00 (mil dolares). A AERIAL7 só vai pagar para o vencedor da competição. A AERIAL7 reserva-se o direito de retirar esta competição a qualquer momento. O concurso encerra 29 de fevereiro de 2012. Os participantes devem ter 18 anos ou mais.Consulte os Termos completos da Concorrência e Condições no Mixcloud para obter mais detalhes. O participante que ganhar a competição é responsável pela obtenção de toda e qualquer documentação necessária para viajar aos Estados Unidos. 

DÚVIDAS?

Envie email para aerial7@aerial7brasil.com.br

Gig da semana


A Rócke é uma festa que, desde fevereiro do ano passado, anda agitando o início da semana em Porto Alegre. Isso mesmo, ela rola todas às terças feiras, lá no Beco.
O diferencial dela? Não tem nada de indie, nada de electro, nada de modernice demais. É só rock do mais puro e sincero. Te garanto que vocês me encontrarão por lá em 99% das edições.
A novidade é que neste sábado, ela inaugura sua data mensal no fim de semana. E pra começar, já tem pé na porta. Show com a Volts, banda tributo de AC/DC.
Vale muito a pena encarar.

Release:

RÓCKE!!! Traz a guitarra!!!
Depois de quase um ano embalando as terças-feiras do Beco, a RÓCKE estréia no sábado dia 28 de janeiro, sua nova data extra mensal aos finais de semana.
Além de toda terça-feira, uma vez por mês a RÓCKE vai embalar a pista Palco do Beco durante o final de semana.
Mas o esquema continua o mesmo de todas as edições...
É assim que a coisa funciona: não tem choradeira. Se pedir Lady Gaga leva um Slayer nos tímpanos. O comando do som fica à cargo de Drug, Bruno Ritzel e Lucas M.
Para estrear essa nova fase em grande estilo, teremos ainda um show de AC/DC coverizado pelo pessoal da VOLTZ.
Com tanta moleza e rock’n’roll, qual vai ser a tua desculpa? O negócio então é chegar cedo, curtir um rock na manha pra esquentar os motores e ir calibrando... porque depois, o bicho PEGA!
RÓCKE é ROCK!!! Agora também no final de semana!

RÓCKE!!!


Sábado, 28/01 – 23h
No som: Drug, Bruno Ritzel e Lucas M.
Plus: Show AC/DC by Voltz

Ingresso:

R$15 com nome na lista
R$25 na hora

Adicione e fique ligado:

www.twitter.com/twirocke
https://www.facebook.com/rockeparty

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Rock nas pistas – Parte I

Disco, Disco, Good, Good



Século passado. Nos anos 50 e 60 os jovens rebeldes lotavam salões, ginásios de colégios e inferninhos para ouvir uma barulheira nunca feita antes. Nos anos 70 foi todo mundo pros parques e afins curtir um rock cabeludão ao ar livre. Mas 1977 foi o ano símbolo do punk rock. Em 77 se quebrava tudo. E de repente o movimento 77 deu um ultimato para as bandas de rock “convencionais”.

A fila do showbizz continuava andando, os rockers que colheram seus louros com profundas guitarreiras (e não a urgência do punk) não podiam voltar atrás, rasgar as roupas e sair gritando por aí. Eles sentiram a necessidade de pegar carona com a nova onda. Em alguns casos, a gravadora pressionou deveras.

A nova onda mexeu com os ânimos dos fãs, produziu tremendos fiascos, mas deu ao mundo grandes hinos, que nunca teriam sido pensados se não fosse ela, a DISCO MUSIC.



78 e 79 foram dominados por ela. A gente sabe bem. E a gente gosta. O flerte do rock com a disco rendeu algumas pérolas que a gente nunca vai esquecer. Vou listar, aqui, algumas das minhas favoritas. Sem muita ordem nem critério (mentira).

10. DEVO

Álbum: Q: Are We Not Men? A: We Are Devo! (1978)

O Devo não era disco music, e sim a continuação da invasão eletrônica que começou com o Kraftwerk e proporcionou também a tecnologia para que surgisse a disco. Mas Devo não era exatamente eletrônico, porque eles faziam a loucura toda com instrumentos orgânicos. Merece seu lugar nessa lista pela provocação explícita aos roqueiros.




9. Talking Heads

Álbum: Fear of Music (1979)

O Talking Heads entrou no rol do punk pela hora e pelo lugar, mas não pelo som. Eles já vinham flertando com o groove desde o primeiro álbum. Mas esse aqui, além de ser a minha menina dos olhos (e de um tal de John Frusciante também), é o álbum que inaugura oficialmente a estética que ficou conhecida como Art Rock, que ali nos idos de 2006, 2007 foi retomada com força. Mas esse é assunto pra outra hora. O que importa aqui é toda a ginga de Mr. Byrne e a produção de um cara chamado Brian Eno (guarde esse nome).




8. Blondie

Álbum: Parallel Lines (1978)

Acho que este era previsto. A figura da ex-garçonete do Max Kansas City Debbie Harry à frente do Blondie, já dando as caras do que seria a New Wave, não teria outra saída se não rebolasse o pandeiro. Queridinhos da EMI, e do Studio 54. E um dos hits supremos do disco-rock (opa, eu disse isso mesmo?).




7. Frankie Valli

Single: Grease (1978)

Não tem muito o que falar sobre essa aqui, só que o Peter Frampton que fez as guitas. E o Bee Gees falseteou que ela seria eterna. Aumenta o volume!




6. Patti Smith

Álbum: Easter (1978)

Não, a Patti não se rendeu à disco music. Não, o som que estrelamos aqui não tem o clima da disco music. Mas - a) é uma parceria com o Bruce Springsteen; b) é um rock pesado e dançante pra caramba, ao mesmo tempo; c) preste atenção no timbre da bateria; d) você já ouviu falar de 10.000 Maniacs; e) é uma parceria com o Bruce Springsteen.




5. Electric Light Orchestra

Álbum: Discovery (1979)

É complicado mexer com amantes do rock progressivo. E quando A banda do rock progressivo trolla os fãs dessa maneira? O que fazer? Tem muita gente que nunca perdoou a ELO por esse disco, e MUITO menos pela trilha sonora do filme XANADU, com Olivia Newton John. Mas há uma certeza. Músicos de prog sempre farão tudo da maneira mais sensacional possível.




4. Frank Zappa

Álbum: Sheik Yerbouti (1979)

Zappa tinha verdadeiro ódio da disco, ninguém faz ideia do quanto. Então ele gravou um disco inteiro de “protesto” contra esse gênero horrível, babaca, chulepa, pobretão. Um disco inteiro. Em suas próprias palavras:

Disco satisfied social as well as musical needs. Disco people got to dress up all the time and go to places (if the guy at the door let them in) where everybody sort of 'looked good' -- and later, after an evening of chemical alteration, everybody looked even better, and the next thing they knew, they were getting The Blow Job. (ZAPPA, Frank. The Real Frank Zappa Book. 1988. p.127)

Esse vídeo é pra chorar:




3. Rod Stewart

Álbum: Blondes have more fun (1978)

Chegamos no Top 3. Aqui as coisas estão mais óbvias, e você já cansou de ficar lendo. Vamos direto pro agito. Eu não consigo mensurar quantas vezes Do Ya Think I´m Sexy foi regravada. Fico com a original, a do Tom Jones, e a do Revolting Cocks.



P.S. – O video original não dá pra postar aqui, mas dá uma olhada nele, porque é eterno.


2. KISS

Álbum: Dynasty (1979)

Nenhum álbum dos listados aqui é mais impressionante que esse. O Kiss só não fica com o primeiro lugar porque, bem, você vai ver. O esforço pra ter um climão dançante e ao mesmo tempo não perder a pose de bad boys é hercúleo. Mas, confesso, anda sendo o meu disco preferido deles.

Obs.: Vocês dizem DI-NAS-TI. O Kiss diz DIE NASTY !!!




1. Rolling Stones

Single: Miss you (1978)

É. Podemos quebrar a cabeça com o assunto. Mas essa é insuperável. A ambição e necessidade de se enturmar de Sir Mick Jagger nos deu um dos maiores smash hits da disco-rock (ops, falei de novo).
Não dá pra colocar Miss You no mesmo nível que o Some Girls, que apesar de ser um baita álbum, destoa da faixa em questão.
Keith Richards explica:

A princípio não vimos nada de muito especial em “Miss You” enquanto estávamos trabalhando nela. Foi tipo “Ah, Mick foi a uma discoteca e saiu de lá cantarolando isso”. A música foi o resultado de todas as noites que Mick passou no Studio 54, aquela batida de quatro tempos no bumbo. Então ele disse: “Coloquem uma melodia nessa batida”. Nós decidimos contribuir com a ideia dele de criar alguma coisa que tivesse um ar de discoteca, deixar o cara feliz. (...) E foi um sucesso total. (RICHARDS, Keith. Vida. 2010. p. 444)





Rock nas pistas continua. Vamos vasculhar todos os buracos negros da dancefloor. Fique ligado aqui no blog da Aerial 7.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ultra Music Festival

O Ultra Music Festival rola durante a Semana de Música de Miami e é simplesmente o mais famoso festival de música eletrônica do mundo. Depois de ganhar por seis anos consecutivos o 'Melhor Evento de Música', premiação da International Dance Music Awards (IDMA), o Ultra de 2012 promete! Basta ver o line up:





Dispensa comentários né? Serão 3 dias insanos no Bayfront Park, em Miami. Obviamente a Aerial7 não ficou de fora. Como uma das principais patrocinadoras do evento, nossa querida marca de headphones está oferecendo aos Djs gringos a possibilidade de apresentarem um set de 60min no Festival, ganharem headphones a A-List da marca, além da estadia na semana mais louca de Miami. Tudo isso em parceria com a MixCloud.



Todos os ingressos para o evento, que vai rolar nos dias 23, 24 e 25 de março já terminaram.
Quem será o sortudo que vai levar dois headphones da Aerial7 e apresentar seu set no maior evento de música do mundo? Vamos esperar para ver!!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

I am a DJ. I am what I play... I got believers*



Super Soul é um personagem de um filme lançado em 1971 chamado Vanishing Point (Corrida contra o destino). Mais que um road movie, é um escape movie, um filme que relata a história da fuga de Kowalski e o Dodge Challenger que ele tem que entregar do outro lado dos E.U.A. em 48hs.

Super Soul já aparece após os primeiros dez minutos do filme. Negro, cego, morador de uma cidadezinha de gente preconceituosa, ele passeia pela rua deserta com seu cão guia pela manhã, sob os olhos atentos dos moradores receosos em suas casas seguras de interior, em direção à radio estação em que trabalha. Super Soul é DJ.

"Assista com cuidado, porque tudo acontece muito rápido:
a perseguição, o deserto, a batida, a garota, o bloqueio, o fim"

Assim que começa a função do Kowalski fugindo dos tiras, Super Soul toca “Where do we go from here?”, e fica sabendo pela radiofrequência da polícia sobre a infração. O que ele faz? Encoraja Kowalski e o batiza de “last american hero”, chamando atenção da imprensa e tudo mais. E essa é a alma do negócio, são 80 minutos de fuga e o único contato com o mundo, o único amigo, conselheiro, o único alento de Kowalski é Super Soul, o DJ, no rádio de seu carro.


A história de Kowalski é sensacional e só melhora, esse filme precisa ser visto se você ainda não viu. Mas já deu pra perceber quem nos interessa aqui.

Não faço ideia de quando o disc jóquei saiu das cabines de rádio para as discotecas. Me interessa a relação que a gente pode criar com o público em qualquer lugar através da música. Por isso o Super Soul é o meu herói. Ele narra a história do herói dele através do som, todos vem até a estação pra entender o que está acontecendo, e quem não vem fica em casa do ladinho do rádio, eles estão ali, juntos, compartilhando das mesmas emoções.

Super Soul


Ele é negro, cego, escanteado pelo mundo dos 70s em que vive (não que tenha mudado tanto assim hoje em dia). Bem, que DJ não é um ser meio escanteado também? Um músico frustrado? Eu acredito piamente que se não existe essa relação o sujeito não gosta de música.

Mais um parênteses. Esse filme é tão amado que ganhou uma baita homenagem do Audioslave, no vídeo de “Show me how to live”. E quem já aparece logo de cara?


Não se acorda um dia com uma mensagem divina alertando que você é um DJ. Vamos combinar que a gente acaba nesse ofício das maneiras mais insólitas possíveis (com exceção àqueles que querem ser DJs porque, em algum momento, perceberam que pode dar certo assistindo aos que já exercem a função).

Todo mundo pode ser um disc jóquei, é isso aí. Controle o disco. Faça ele rodar. A mecânica é apenas essa. Porém, nem todo mundo pode ser um disc jóquei, porque isso exige que você se exponha, que você se entregue, pra poder compreender, errando muito mais do que acertando, o que aquela multidão atenta quer ouvir.

Ser DJ é muito mais que uma nomenclatura. Trata-se de ajudar pessoas, de mantê-las vivas, EM MOVIMENTO.

Colocador de som? Apertador de play? Nah. Isso não tem alma. Não tem SOUL.



* Verso da canção “DJ”, de David Bowie.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Gig da semana

Além dos posts normais, estarei avisando onde e quando eu discoteco. Além de outros eventos imperdíveis. O primeiro começa nessa Sexta Feira 13. Yay!


Lista: 90sfordummies@gmail.com
Link do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/218065774941219/


Release:


Na década de 90, muita coisa aconteceu. Surgiram o Google e o Windows 95, a ovelha Dolly, o Euro começou a circular e foi lançado o primeiro livro da série Harry Potter. Também apareceram a MTV Brasil, o Mercosul, os Pokemons, o Michael Jackson branco, o Hollywood Rock e mais um monte de coisa.

Na música então nem se fala. Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, Rage Against the Machine, Offspring, Alice in Chains, RHCP, Faith No More e eu vou parar por aqui antes que vocês desistam de continuar lendo, afinal é MUITA coisa boa.

Pra celebrar isso tudo e o que falta nessa lista, no dia 13 de janeiro de 2012, uma sexta-feira, acontece a primeira edição do projeto 90’s for Dummies, no Divina Comédia, a partir das 22h.

No som, Dani Hyde, Maira Cortez, Querlen Veleda e Zed Alves tocarão o que rolou de melhor nesta década, desde o básico até aquilo que tu não espera ouvir. Uma festa pra quem viveu aquela época se sentir em casa. E pra quem não viveu, vai lá que a gente garante que tu vai te surpreender e se divertir. Pra caralho.

90’s for Dummies
Sexta, 13 de janeiro de 2012, às 22h
No Divina Comédia (Rua da República, 649)
R$ 12 na lista até a meia noite (90sfordummies@gmail.com)
R$ 15 na hora

Apoio:
Putzgrila
Ipanema fm
Pressxpress

Produção: Groove On e Crash.

Fones de ouvido e DJs* de rock


Fotos descoladas: Lucas Martins de Mello


Opa!
Eu sou a Dani Hyde, e a partir de agora vou pintar por aqui toda semana pra falar sobre as coisas que envolvem e são envolvidas pela música.
Pra começar, um assunto infame. Se DJs de rock não mixam, o que realmente eles fazem usando fones? Balaca, mascaração e canalhice?
Pra não sacanear ninguém, vou falar o que eu faço.
O DJ de rock que leva a sério a discotecagem, que sabe que uma festa tem que ter ritmo, embalos e euforia gradativa, deveria também pensar numa mínima pré-produção dos sets.
Criar uma linha lógica para o que vai reproduzir não é pecado, pecado é não verificar, por exemplo, o estado dos arquivos digitais a serem gravados (aqui falando especificamente de quem usa mp3), se possível, editar silêncios em fade in e out, e sempre, SEMPRE, normalizar o volume das faixas num cd.
Mas isso seria lindo num mundo onde o cachê desse meio fosse igual o do meio eletrônico. Como não é, e a gente trabalha, estuda, cuida da casa, etc. e tal, os fones fazem todo o serviço segundos antes de cada música que você ouve numa festa.
Dá pra tocar sem? Claro que dá, se existe alguma prática com a discotecagem e com a aparelhagem que a gente vai usar, as coisas fluem, contudo não há uma garantia de que tudo sairá perfeitamente bem. É viver no precipício, livin’ on the edge.
Até porque sem o fone tu fica meio sem ter o que fazer ali, paradão. Antigamente a gente até fazia umas performances:

Dani Hyde & Yog Mars - David "The Demon" Bowie Set
Além do mais, é só com os fones que nós conseguimos criar transições de um som pro outro que “quase” parecem mixagens. De qualquer forma, o mandamento número um do DJ de rock é ter domínio total sobre as músicas que reproduz, ter conhecimento de cada barulhinho delas, aí sim fica bonito.
Discotequei muito tempo sem nosso amigo auricular. E outro tempo com. E depois sem novamente, até agora, só pussucando fones alheios (porque o meu foi destruído e eu fiquei mimimi).  
O que mudou desde que eu comecei, lá nos idos de 2005, foi a vaidade com os equipamentos. Sempre deixava meu fone à disposição de quem precisasse usar, no estabelecimento em que eu discotecava com frequência. O giro foi tanto que ele realmente não aguentou. E tem o lance de que muita gente não dá valor para o que não possui, mas isso é tão chato que passamos direto para a outra questão.
Cada vez mais se tornou necessário ter um fone “of your own” (nunca esqueçam que estamos falando da suburbia dos DJs, e não de super profissionais que tocam em Israel, às vezes é difícil pro cara botar uma grana considerável num fone de ouvido, ganhando menos de cem reais de cachê), e cada vez mais o seu equipamento tem que ter a ver contigo, tem que ter a sua cara.
O seu fone é parte integrante do conjunto de características que te diferenciam do outro. Até que ponto isso é relevante? Não sei.
O certo é que os fones se tornaram um item obrigatório, e nos arriscamos a receber uma negativa quando pedimos emprestado, porque agora eles agregam valor técnico e estético (e sentimental).

Eu tô aqui com o meu Tank Mondrian, louca de faceira. J

LIKE A BOSS


*Eu digo DJ sim. O próximo post é sobre isso.